Filosofia

A filosofia é um conhecimento humano que difere de todos os outros ramos. Isso acontece porque ela não possui objeto de estudo. A falta de objeto faz com ela seja livre para falar sobre os mais variados assuntos. Ela aborda, reflete e critica tudo o que possa ser alvo do pensamento. Em seu nascimento a filosofia buscava explicar a origem do mundo (arché) através de elementos, definindo uma unidade substancial presente em tudo (tudo é um). Sua evolução com os anos a levou da ética a estética, da igreja até ciência.
Escola de Atenas de Rafael Sanzio

Filosofia

A filosofia é um conhecimento humano que difere de todos os outros ramos. Isso acontece porque ela não possui objeto de estudo. A falta de objeto faz com ela seja livre para falar sobre os mais variados assuntos. Ela aborda, reflete e critica tudo o que possa ser alvo do pensamento. Em seu nascimento a filosofia buscava explicar a origem do mundo (arché) através de elementos, definindo uma unidade substancial presente em tudo (tudo é um). Sua evolução com os anos a levou da ética a estética, da igreja até ciência.

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A filosofia é um conhecimento humano que difere de todos os outros ramos. Isso acontece porque ela não possui objeto de estudo. A falta de objeto faz com ela seja livre para falar sobre os mais variados assuntos. Ela aborda, reflete e critica tudo o que possa ser alvo do pensamento. Em seu nascimento a filosofia buscava explicar a origem do mundo (arché) através de elementos, definindo uma unidade substancial presente em tudo (tudo é um). Sua evolução com os anos a levou da ética a estética, da igreja até ciência.

Definição de filosofia

A definição mais comum de filosofia busca na etimologia da palavra sua origem conceitual. Filo (amor) + sofia (sabedoria) = amor a sabedoria. Apesar de ser uma definição inicial e bastante resumida, ela é mais imprecisa e popular.

Conceito de Filosofia

  1. Segundo Nietzsche, em A Filosofia na Época Trágica dos Gregos, a filosofia começa com uma ideia absurda: “a água é a origem de todas as coisas”. Ela acontece por três razões: em primeiro lugar isso fala sobre a origem das coisas, em segundo porque faz sem fabulação como a mitologia grega, e em terceiro lugar, essa ideia consegue exprimir “tudo é um”. É na ideia de que todas as coisas são uma que nasce o primeiro filósofo grego (Tales de Mileto).
  2. Segundo Deleuze e Guattari em “O que é a filosofia?”, a filosofia é criação de conceito e esse conceito, por sua vez, diz um acontecimento e não uma essência ou coisa. Todo conceito possui um plano, conceitos internos articulados entre si e seus próprios contornos que remontam seus respectivos problemas. Todo filósofo, neste caso, é criador de conceito.
  3. Segundo Kant, “A filosofia, neste sentido, é uma mera ideia de uma possível ciência que não é dada in concreto em parte alguma, mas da qual procuramos aproximar-nos por inúmeros caminhos, até que seja descoberta a única vereda (muito escondida pela sensibilidade), e a cópia, até aqui defeituosa, seja – na medidade em que isso é concedido aos seres humanos – tornada igual ao modelo. Até aí não se pode aprender filosofia alguma. Pois onde está ela? Quem está em sua posse? Como se pode conhecê-la?… Só se pode aprender a filosofar, isto é, exercitar o talento da razão na observância de seus princípios universais em certas tentativas dadas, mas sempre guardando o direito da razão de investigar esses princípios em suas fontes e confirmá-los ou rejeitá-los.” (Crítica da razão pura, B866).
  4. “Quando alguém pergunta para que serve a filosofia, a resposta deve ser agressiva, visto que a pergunta pretende-se irônica e mordaz. A filosofia não serve nem ao Estado, nem à Igreja, que têm outras preocupações. Não serve a nenhum poder estabelecido. A filosofia serve para entristecer. Uma filosofia que não entristece a ninguém e não contraria ninguém, não é uma filosofia. A filosofia serve para prejudicar a tolice, faz da tolice algo de vergonhoso. Não tem outra serventia a não ser a seguinte: denunciar a baixeza do pensamento sob todas as suas formas. Existe alguma disciplina, além da filosofia, que se proponha a criticar todas as mistificações, quaisquer que sejam sua fonte e seu objetivo? Denunciar todas as ficções sem as quais as forças reativas não prevaleceriam. Denunciar, na mistificação, essa mistura de baixeza e tolice que forma tão bem a espantosa cumplicidade das vítimas e dos algozes. Fazer, enfim, do pensamento algo agressivo, ativo, afirmativo. Fazer homens livres, isto é, homens que não confundam os fins da cultura com o proveito do Estado, da moral, da religião. Vencer o negativo e seus altos prestígios. Quem tem interesse em tudo isso a não ser a filosofia? A filosofia como crítica mostra-nos o mais positivo de si mesma: obra de desmistificação. […] tolice e a bizarria, por maiores que sejam, seriam ainda maiores se não subsistisse um pouco de filosofia para impedi-las, em cada época, de ir tão longe quanto desejariam, para proibi-las, mesmo que seja por ouvir dizer, de serem tão tolas e tão baixas quanto cada uma delas desejaria. Alguns excessos lhes são proibidos, mas quem lhes proíbe a não ser a filosofia? Quem as força a se mascararem, a assumirem ares nobres e inteligentes, ares de pensador? Certamente existe uma mistificação propriamente filosófica; a imagem dogmática do pensamento e a caricatura da crítica são testemunhos disso. Mas a mistificação da filosofia começa a partir do momento em que esta renuncia a seu papel … dismitificado e faz o jogo dos poderes estabelecidos, quando renuncia a contrariar a tolice, a denunciar a baixeza.” (Deleuze, “Nietzsche e a filosofia”, 1987, p. 87)

Para que serve a Filosofia?

A filosofia possui muitas aplicabilidades mas para além disso gostaria de levantar outra perspectiva. Todas coisas que possuem uma serventia e utilidade tem seu valor atribuído à aquilo que servem. Um exemplo, um carro tem serventia porque seu valor está atribuído ao transporte que ele possibilita. Assim como o amor, a razão humana, a filosofia não possui uma serventia direta, a filosofia não serve à ninguém pois essa ideia pressupõe que ela seja, de alguma forma, serva.

Origem da Filosofia

Segundo historiadores da filosofia como Nietzsche, a filosofia começou na Grécia com Tales de Mileto devido ao inicio da busca pela arché (origem de tudo). Tales é considerado o primeiro pois através da ideia de que a água é a origem de tudo, ele pensou, pioneiramente, “tudo é um”.

O que a Filosofia estuda?

A filosofia estuda tudo aquilo que possa ser alvo de nosso pensamento. Existem obras filosóficas famosas que abordam desde o comportamento humano até a comédia, beleza, deus, alma,… Diferente do que muitos pensam, a filosofia não possui objeto de estudo e isso a possibilita maior liberdade na sua atuação investigativa.

Perspectiva histórica

Historicamente a filosofia sempre focou em entender a origem da vida. Os primeiros filósofos eram conhecidos como físicos da natureza e tentaram explicar a vida por meio de elementos naturais; mais adiante outros filósofos como Platão e Aristóteles abordaram temas mais variados como politica e o conhecimento. Com o avanço da filosofia, principalmente após o renascimento, sua diversidade aumentou e suas abordagens também.

Quais são os tipos de filosofia?

A filosofia tem muitos tipos, ainda mais se levarmos em consideração todas as escolas filosóficas e pensamentos. Os tipos mais comuns de filosofia são aqueles que abordam assuntos presentes nas escolas e faculdades como ética, politica e filosofia antiga.

Filosofia ocidental

A filosofia ocidental é a mais comum e conhecida, com sua origem na Grécia, seus principais autores são europeus, homens e brancos. Existem filosofias orientais, bem como filosofias ocidentais menos conhecidas como as africanas, ameríndias e brasileiras.

Mito e filosofia

O mito e a filosofia fizeram parte de um importante processo gestado de mudança na cultura humana ocidental em sua origem na Grécia. O mito serviu, desde seu início, para aliviar a dor existencial e trazer uma luz para seu povo, explicando as forças naturais e sua origem. Já a filosofia, aproveitando do ócio da cidade, avançou explicando mais racionalmente o que “é”.

Grécia Antiga

A civilização da Grécia Antiga nasceu na Antiguidade Clássica por volta do século 14 antes de Cristo, passando desde o Período Homérico até o início da Idade Média. Ela era constituída por um grupo de cidades como Atenas, Mileto e Esparta que compartilhavam a mesma língua, costumes e algumas leis.

Filosofia estoica

O estoicismo é uma corrente filosófica que tem seu inicio na Grécia antiga por volta de 400 anos antes de Cristo. Seus maiores nomes são Zenão, Crisipo, Epicteto, Sêneca e Marco Aurélio. Em geral, os estoicos defendem uma vida virtuosa em busca da felicidade por meio da razão. A felicidade equivale viver segundo a razão e viver segundo a razão é ser virtuoso.

Filosofia jainista

A filosofia jainista, de origem oriental oriunda da bacia do rio Ganges, busca construir caminhos para um vida sem carmas atraídos pelas ações violentas e energias ruins.

Roma Antiga

Fundada por volta de 700 anos antes de Cristo, Roma antiga ficava onde hoje é a Itália. Essa cidade teve uma importante parte na trajetória da filosofia ocidental pois após o declínio da civilização grega antiga, Roma se tornou o polo cultural mais emergente da Europa. Alguns dos nomes dessa região são Boécio, Plínio e Lucrécio.

Filosofia medieval

A filosofia medieval surgiu após o avanço da igreja católica. Ela foi importante para a cultura, principalmente no âmbito da religião com nomes como Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino. Suas principais contribuições envolvem a busca da explicação da vida por meio de deus e o conceito de tempo passado como memória.

Filosofia política

A filosofia política teve seu inicio com a obra O Príncipe de Maquiavel. Essa obra foi a primeira analise filosófica das instituições sociais e seus poderes. Nicolau Maquiavel fez essa obra com o intuito de auxiliar o rei da época com reflexões para mantê-lo no poder. A filosofia politica avançou muito e atualmente conta com os mais variados temas e autores como Karl Marx e John Locke. Na filosofia antiga também ouve trabalhos políticos como a República de Platão e a Política de Aristóteles.

Filosofia renascentista

A filosofia renascentista teve um importante papel no resgate da liberdade cultural que havia se perdido após o avanço da idade média. Na idade das trevas o pensamento era extremamente limitado e o acesso a novos conhecimentos também. Ele é considerado o renascimento da razão e da cultura.

Filosofia moderna

A filosofia moderna teve seu inicio junto ao renascimento com pensadores como Descartes por volta de 1600. Esse período é marcado pelo fim da idade media e perdura até inicio da filosofia contemporânea com pensadores mais atuais como Nietzsche. Essa época foi repleta de grandes pensadores como Thomas Hobbes, John Locke, David Hume, Montesquieu, Voltaire, Diderot, Rousseau, Adam Smith, Immanuel Kant, Isaac Newton e Pascal. Suas contribuições são inúmeras e tiveram grande repercussão e impacto na cultura humana mundial. Alguns de feitos são, por exemplo, “penso, logo existo” de Descartes ou “o homem é lobo do homem” de Hobbes.

Filosofia da ciência

A filosofia da ciência é voltada para auxiliar conceitualmente as ciências com seus respectivos objetos e paradigmas. Muito vasta, esse tipo de filosofia normalmente elabora criticas e ideias avançadas para determinar metodologias científicas e auxilia-las no aprimoramento através de investigações e questionamentos. Um dos maiores autores recentes dessa área é o Thomas Kuhn com sua ideia de ciência como paradigma.

Racionalismo × Empirismo

O racionalismo e empirismo são correntes filosóficas concorrentes que postulam ideias sobre como adquirimos nosso conhecimento. Toda a disputa em torno dessas correntes envolvem como adquirimos nosso conhecimento e como isso serve de base para todo nosso pensamento e vida. O racionalismo acredita que as ideias são perfeitas e que somente por meio delas existe verdade. Já o empirismo acredita que todo conhecimento só é verdadeiro se sentido através de nossos sentidos, de forma a se provar sensorialmente (empiricamente). Uns dos maiores filósofos dessa disputa são Descartes como racionalista e David Hume como empirista.

Idealismo

O idealismo resumidamente faz uma separação das coisas do mundo e das ideias. Ele basicamente afirma que todas ideias são um retrato do mundo e que mediam a forma com que conhecemos e experimentamos o mundo. Os pensadores mais conhecidos dessa corrente são Platão e Kant.

Existencialismo

O existencialismo aborda uma perspectiva que visa analisar a vida e o humano por meio de todos seus aspectos existenciais (o que faz existir, que existe, como existe e porque existe).

Fenomenologia

O termo fenomenologia significa o estudo dos fenômenos. Resumidamente, tudo aquilo que possa se manifestar no espaço e tempo, abordado com ênfase no fenômeno em si, e jamais em teorias e ou ideias alheias a coisa.

Pragmatismo

Pragmatismo é um conceito e ideia que visa a busca pelo sucesso e êxito de algo através da prática do mesmo.

Filosofia analítica

A filosofia analítica pode variar muito de acordo com seu pensador em questão mas em geral é uma análise linguística que utiliza a lógica formal. Essa corrente foca em utilizar sempre a lógica da linguagem como ponto de partida para abordagem e solução de problemas. Ela se contrapõe muito a metafísica, tentando demonstrar que alguns problemas metafísicos foram erros de compreensão linguística. Essa corrente possui grandes nomes como Karl Popper, John Maynard Keynes, Ludwig Wittgenstein, Bertrand Russell, Hilary Putnam, Peter Singer, Gottfried Wilhelm Leibniz entre outros.

Metafísica

A metafísica surgiu na obra de Aristóteles que tinha o intuito de tratar de todos os assuntos que a física não dava conta. Basicamente esse nome metafísica representa exatamente aquilo que está além do físico. Pauta de muito debate na filosofia, ela é responsável por discutir temas como ser, realidade, alma entre outros.

Epistemologia

Epistemologia também conhecida como teoria do conhecimento visa principalmente responder questões relacionadas ao nosso conhecimento e sua forma.

Ética

A ética é quem investiga os fundamentos e motivações do comportamento humano. Junto a isso, ela consegue elaborar ideias para definir e orientar na busca pela felicidade ou até a paz. Com muitos autores, ela se divide em correntes de pensamentos como a ética deontológica, racionalista, teleológica, utilitarista,…

Estética

A estética estuda a arte, o belo e tudo aquilo que é visual. Um dos maiores objetivos dessa área é tentar definir o que é beleza e o que é feio.

Filosofia Contemporânea

Marcada pelo inicio de um pensamento mais desruptivo em sua abordagem descentralizada, a filosofia contemporânea começa segundo muitos historiadores após Nietzsche. Com grandes nomes como Deleuze, Byung Han, Heidegger, Hannah Arendt, ela perdura até hoje tratando dos mais variados assuntos como a psicopolítica, neoliberalismo, arte, conhecimento, alma, morte,…

Filosofia do Oriente Médio

Filosofia indiana

A filosofia indiana é vasta e diversificada, englobando uma série de escolas de pensamento que surgiram ao longo de milênios. Duas grandes categorias podem ser identificadas: as escolas ortodoxas (āstika), que reconhecem a autoridade dos Vedas (textos sagrados do hinduísmo), e as não ortodoxas (nāstika), que não o fazem. Entre as escolas ortodoxas, destacam-se o Vedanta, que interpreta os Upanishads e enfatiza o conhecimento do Brahman (realidade última); o Yoga, focado na disciplina mental e física para alcançar a libertação; e o Sāṃkhya, que propõe uma dualidade fundamental entre purusha (consciência) e prakriti (matéria). As escolas não ortodoxas incluem o Budismo, o Jainismo e o Materialismo (Cārvāka), cada uma oferecendo perspectivas únicas sobre questões de existência, sofrimento, ética e libertação.

Filosofia budista

A filosofia budista se desenvolveu a partir dos ensinamentos de Siddhartha Gautama (Buda) no século V a.C. e é centralizada em torno das Quatro Nobres Verdades e do Nobre Caminho Óctuplo, que ensinam o caminho para a cessação do sofrimento (dukkha) através do entendimento da impermanência (anicca), do não eu (anatta) e da interdependência de todos os fenômenos. O Budismo se ramificou em várias escolas, com o Theravada focando no caminho monástico e na sabedoria como meio de alcançar o Nirvana, enquanto o Mahayana inclui uma variedade de práticas e crenças, como a figura do bodhisattva, seres que adiam sua própria nirvana para ajudar os outros a alcançar a libertação.

Filosofia hindu

A filosofia hindu abarca uma vasta gama de pensamentos e práticas, com as seis principais escolas ortodoxas (darshanas) oferecendo diferentes caminhos para a compreensão da realidade, do dharma (dever ético), e da moksha (libertação do ciclo de renascimentos). O Vedanta, por exemplo, é uma das escolas mais influentes e foca na identificação do atman (self) com Brahman, a realidade última. O Dharma e a busca pela moksha são temas centrais, com várias práticas e caminhos propostos para alcançar a realização espiritual.

Filosofia do Leste Asiático

A filosofia do Leste Asiático inclui as tradições chinesas, coreanas e japonesas, com o Confucionismo, Taoismo e Budismo desempenhando papéis centrais. O Confucionismo, fundado por Confúcio, enfatiza a ética social, a virtude e a ordem hierárquica. O Taoismo, atribuído a Laozi, valoriza a harmonia com o Tao, o caminho ou princípio que é a fonte e o guia de tudo que existe. O Budismo também teve um impacto significativo nessas culturas, adaptando-se e influenciando as práticas espirituais e filosóficas locais.

Filosofia moderna asiática

No período moderno, a filosofia asiática enfrentou o desafio de responder e integrar ideias e práticas ocidentais, resultando em movimentos de reforma, resistência e síntese. Pensadores como Rabindranath Tagore na Índia e Nishida Kitaro no Japão buscaram harmonizar as tradições filosóficas de seus países com as demandas e conceitos modernos, explorando temas como identidade nacional, modernização, e a relação entre Oriente e Ocidente. A filosofia moderna asiática é marcada por um diálogo contínuo entre tradição e modernidade, refletindo sobre como as culturas asiáticas podem se posicionar e contribuir para o mundo contemporâneo globalizado.

Filosofia africana

A filosofia africana abrange uma diversidade de tradições filosóficas que emergem do vasto continente africano, refletindo sua rica tapeçaria cultural, linguística e histórica. Diferentemente da tendência ocidental de separar filosofia de outras formas de expressão cultural, a filosofia africana frequentemente se entrelaça com a religião, a literatura oral, os costumes e as práticas sociais.

Um conceito central em muitas tradições filosóficas africanas é o de ubuntu, que pode ser traduzido como “eu sou porque nós somos”, enfatizando a interconexão entre os indivíduos e a comunidade. Esse conceito reflete uma visão de mundo que valoriza a solidariedade, a cooperação e o respeito mútuo.

Filosofia Brasileira

A filosofia brasileira é marcada por uma busca de identidade cultural e intelectual, refletindo sobre questões sociais, políticas e éticas específicas do contexto brasileiro. Desde o período colonial até os dias atuais, os filósofos brasileiros têm se engajado em um diálogo crítico com as tradições europeias, ao mesmo tempo em que buscam expressar uma voz autêntica que ressoe com as realidades do país e sua origem.

No século XX, a filosofia brasileira ganhou destaque com figuras como Mário Ferreira dos Santos, que abordou temas metafísicos e ontológicos, e Paulo Freire, cuja pedagogia crítica influenciou teorias educacionais e movimentos sociais ao redor do mundo. A obra de Freire foca na libertação através da educação, promovendo uma pedagogia dialógica que visa empoderar os oprimidos e transformar as estruturas sociais.

Frases de Filósofos

Eu não sei o que quero ser, mas sei muito bem o que não quero me tornar. (Friedrich Nietzsche).

Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade. (Confúcio)

O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz. (Aristóteles).

“Nada é permanente, exceto a mudança.” (Heráclito de Éfeso)

“O ser é e o não-ser não é.” (Parmênides de Eleia)

“Só sei que nada sei.” (Sócrates)

“O homem é o lobo do homem.” (Hobbes)

“Os limites de minha linguagem significam os limites de meu mundo.” (Wittgenstein)

“Não se nasce mulher: torna-se.” (Beauvoir)

“O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.”(Sartre)

“A única coisa que podemos ter certeza, é a incerteza.” (Bauman)

As pessoas também perguntam

O que se estuda na filosofia?

A filosofia estuda os mais diversos temas como ética, metafísica, política, arte, crítica, linguagem, comportamento humano, o ser, a alma, deus, a origem da vida, a morte entre muitos outros. A grande questão aqui é entender que a filosofia não tem objeto de estudo definido como outras ciências, o que permite que a filosofia critique, reflexione e até mesmo debata sobre qualquer tema.

Qual é a importância da filosofia?

A importância da filosofia está presente e diretamente ligada no surgimento da linguagem do mundo ocidental, além de ter sido responsável pela criação de inúmeras ideais e conceitos, ela também tem contribuições nas mais diversas áreas como física, biologia, linguagem e até mesmo nas religiões.

Quais são os 5 períodos da filosofia?

A filosofia pode ser classificada de uma maneira que determine até mais de 5 períodos. Podemos falar dos principais se resumindo a cinco: filosofia antiga, filosofia medieval, filosofia moderna, filosofia contemporânea e filosofia da natureza (pré socrática).

Quais são os 4 tipos de filosofia?

Os 4 principais tipos de filosofia são a antiga (na origem da filosofia), a medieval (com o domínio da igreja), a filosofia moderna (com o avanço da ciência) e a filosofia contemporânea (com sua crítica disruptiva).

Quais são as 4 principais escolas filosóficas?

É difícil determinar quais sejam as 4 principais tendo em vista que existem muitas escolas relevantes na filosofia. Um bom exemplo de boas escolas filosóficas são o cinismo, o ceticismo, o epicurismo e o estoicismo.

Quais são as três principais características da filosofia?

A filosofia é muito ampla para se limitar a três características apenas; tendo isso em mente, podemos determinar (de forma temporária e não arbitrária) que as características são a crítica, reflexão e profundidade.

Qual é o tema mais importante da filosofia?

O principal e mais originário tema da filosofia é a arché (a origem de tudo). Como já disseram muitos filósofos antigos, a origem de tudo é “um”. Isso quer dizer, resumidamente, que todas as coisas vieram de um único elemento (elemento que pode ser encontrado em todas as coisas) como a água, o calor e a partícula. Cada filósofo antigo se baseou em uma ideia diferente de arché.

Qual é o nome do primeiro filósofo?

Segundo Nietzsche, o primeiro filósofo é o Tales de Mileto que viveu em torno de 600 anos antes de Cristo.

O que defendia o Sócrates?

Sócrates defendeu muitas ideias em diversos campos como na área do conhecimento, política e até no amor. Seu principal pensamento e contribuição foi acerca da ideia; além de ter sido o primeiro homem que temos conhecimento a utilizar esse conceito de ideia, Sócrates fez uma bela defesa da distinção entre o mundo físico, ilusório, passageiro e das sombras com o mundo verdadeiro, das ideias, iluminado pelo Sol e pela ideia de bem.

Referências

Bibliografia

Lucas da filosofia

Lucas Ribeiro

Autor

Estudante de filosofia na UFPR

Curitiba, PR.

Sumário

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